O Governo do Amapá já iniciou a vacinação contra covid-19, sarampo e influenza nos portos de Macapá e Santana. São estratégias para ampliar as taxas de imunização nos estados do Amapá e do Pará, uma vez que há um fluxo intenso entre as cidades amapaenses e localidades como Afuá e Breves, no estado vizinho.

O objetivo é a busca ativa por não vacinados, com foco nos passageiros, trabalhadores, ribeirinhos e demais pessoas que transitam entre os dois estados e ainda não tiveram a oportunidade de receber a imunização - especialmente contra o sarampo.

A parceria entre estados tornou-se necessária por conta dos casos de sarampo notificados este ano no Amapá. Um deles teve origem no município de Afuá, no Pará, mas foi notificado pelos órgãos amapaenses. Este ano, já foram 25 casos confirmados e a maioria deles atinge crianças com menos de 1 ano de idade - por isso os pequenos são o foco da estratégia.

A ação tem apoio das prefeituras de Macapá e Santana, que disponibilizam equipes volantes para atuar nos portos. A diretora executiva de Vigilância em Saúde do Amapá, Iracilda Pinto, detalha que as equipes trabalham com base na tábua de maré de navegação.

"Assim, estamos a postos nos horários de embarque e desembarque dos passageiros, por meio de escala, para que quem chegue aqui tenha a oportunidade de se vacinar. A aceitação do público tem sido muito boa", conclui Iracilda.

A vacinação ocorre nas áreas portuárias como Canal das Pedrinhas, Igarapé das Mulheres, Rampa do Açaí, Canal do Jandiá, Rampa do Santa Inês. Em Santana, acontece em portos como Igarapé da Fortaleza, Porto Municipal de Santana, Porto do Grego, entre outros.

Sarampo no Amapá

Até quarta-feira, 8, foram notificados 25 casos de sarampo em quatro municípios do Amapá - Macapá, Santana, Mazagão e Pedra Branca do Amapari. Os casos ativos são dos municípios de Macapá e Santana, com 16 e 5 casos, respectivamente.

Do número total de casos confirmados, 16 são em crianças menores de 1 ano de idade.

A cobertura vacinal entre as crianças está em 8,99% em 2022. O único município a atingir a meta preconizada pelo Ministério da Saúde foi a cidade do Amapá, com 111,51% de cobertura. O município com o menor índice é a capital, com 1,69% de cobertura.