O Ministério de Minas e Energia apresentou nesta quinta-feira, 5, ao Governo do Estado as propostas de soluções sobre o apagão que afeta 13 municípios do Amapá, após um incêndio na subestação da empresa Isolux, contratada pela União e que atende ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o processo para normalização no fornecimento de energia acontece em três etapas. Ele destaca que a pasta criou um Gabinete de Crise para acelerar a resolução do problema causado pelo incidente e garantir segurança elétrica ao Amapá.
“Estamos adotando outras ações para trazer geradores para o Estado do Amapá afim de servirem como segurança para o fornecimento de energia e também atender locais especiais, principalmente naquilo que o Estado achar prioritário”, explicou.
Entenda o caso
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o incêndio provocou um desligamento automático das linhas de transmissão no trecho Laranjal/Macapá às 20h47 da terça-feira, 3, assim como das usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes.
A situação causou uma interrupção de 250 MW de carga, afetando o fornecimento de 13 dos 16 municípios. A situação não afeta os municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari.
Soluções apresentadas
Providências locais
Para acompanhar todo o processo de solução adotada pela União, o Governo do Amapá montou um comitê de crise composto pelo Gabinete Civil, Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Defesa Civil, Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), Secretaria de Saúde (Sesa), Companhia de Água e Esgoto (Caesa) e Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).
Com objetivo de amenizar os impactos causados pela interrupção na distribuição de energia, o comitê estadual juntamente com o Exército Brasileiro alimentam a cada 6 horas todos os sistemas isolados de geração de energia dos hospitais, além do abrigo São José e o sistema penitenciário.
Além disso, o Estado adotou medidas para retomar os serviços de captação de água, tratamento e distribuição, que foram afetados pela falta de energia. O governador Waldez Góes autorizou a contratação de geradores de grande porte para disposição especificamente na Caesa.
“O comitê criado pelo Estado monitora em tempo real todas as unidades hospitalares públicas e privadas. Nós sabemos que há um consumo também muito grande de óleo diesel por parte do setor privado, como das atividades essenciais. A equipe também monitora o abastecimento de combustível que é usado nos geradores”, finalizou o governador.